Análise de Artigo
Análise feita pela ligante Beatriz Souza
Publicada no Instagram dia 16 de Agosto de 2021
Imagem: Gettyimages
O artigo expõe uma série de evidências e estudos recentes que caracterizam uma queda na qualidade da saúde mental dos idosos como um dos efeitos derivados da ocorrência da epidemia de COVID-19. A imunossenescência associada ao estresse crônico provocado pela pandemia – suas medidas de controle, o medo relacionado ao risco de infecção e as consequências físicas diretas ao se contaminar com o novo coronavírus SARS-CoV-2 – catalisam reações de desequilíbrio orgânico no corpo humano.
Os idosos possuem a tendência de estarem em um estado inflamatório crônico denominado imunossenescência. Essa condição relacionada ao estresse constante gera acréscimo na produção de cortisol, desencadeando um aumento da secreção de citocinas e outras moléculas pró-inflamatórias. Os neurotransmissores são sensíveis a essas alterações químicas, o que o estudo analisado associa a um disparo de mecanismos que viabilizam a piora sobre sintomas de sofrimento psíquico.
Apesar dessas complicações, o isolamento social foi por um longo período a medida mais eficaz para contenção dos avanços da pandemia. Algumas iniciativas, mesmo que dispersas, precisaram ser desenvolvidas para diminuir os efeitos da solidão nos idosos vulneráveis. Com falta de apoio estrutural governamental, indivíduos e grupos solidários realizaram ações por todo o país para confortar e fazer a manutenção dos vínculos com a população de maior risco. Fundamentados no princípio do envelhecimento ativo, grupos (como esta Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia) promoveram encontros virtuais com idosos e cuidadores para atualizações, boletins e bate-papo acerca da saúde e qualidade de vida da população.
Atualmente, o cenário se modificou devido ao desenvolvimento de tecnologias mais sofisticadas para o controle da infecção. As vacinas criadas, testadas, aprovadas e produzidas no último ano em diversos centros especializados pelo mundo afora se estabelecem como a maior arma para combate desta pandemia. Segundo reportagem do jornal virtual G1, a cidade de Serrana, no estado de São Paulo (Brasil), registrou uma queda de 80% dos casos sintomáticos da doença e uma diminuição de 86% nas internações hospitalares pelo COVID-19 depois de vacinar 75% da população com as duas doses de CoronaVac – vacina produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.
O fortalecimento do Plano Nacional de Vacinação é o caminho mais seguro e eficaz para a recuperação da saúde, rotinas e laços afetivos não somente dos idosos isolados. Transposta a barreira do isolamento social, medidas de reabilitação e auxílio físico, social e psíquico deverão, urgentemente, serem executadas. As marcas causadas por esse período intenso de angústia só começaram a ser documentadas.
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