Análise de Artigo
Análise feita pela ligante Beatriz Baylo
Nesse artigo é exposto que quando o idoso possui algum comprometimento de suas atividades de vida diária, gera uma dependência funcional que, por sua vez, afeta os familiares que assumem esses cuidados, quando não há outras alternativas viáveis.
Dessa forma, no ambiente familiar, pode ocorrera violência contra o idoso que é definida pela OMS como um ou repetidos atos, ou falta de ações apropriadas, ocorrendo em qualquer relação que cause danos ou omissões em relação a eles.
No entanto, quando há outras alternativas viáveis, como por exemplo as ILPI’s (Instituição de Longa Permanência do Idoso)pode ocorrer a violência institucional contra o idoso que é definida como a escassez e/ou inexistência dos benefícios que os serviços oferecem.
A violência institucional também é fruto da negligência do poder público em relação às políticas que, muitas vezes, são descontínuas e aleatórias, pouco planejadas ou mesmo improvisadas para atender às pressões da imprensa e de grupos organizados. Entretanto, os cuidados prestados pelas ILPI’s também podem vir acompanhados por outras situações de violência, tais como a negligência com os cuidados básicos (higiene, administração de medicamentos, ausência de espaços de sociabilidade) devido à escassez de vagas, à superlotação das instituições, à falta de capacitação de seus profissionais.
No Brasil a lógica do cuidado informal ainda predomina, pois o Estado pouco subsidia instituições públicas, sendo a família a principal responsável pelos cuidados do idoso.
Segundo Minayo e Almeida, essa violência institucional ocorre por omissão do Estado que não garante um maior número de equipamentos de apoio social às famílias.
Então por que as famílias institucionalizam seus idosos? Diversos artigos apontaram uma forte relação da institucionalização com o aumento de incapacidades e dependência, e menor rede de apoio familiar e social aos idosos. Além disso, esses idosos, em geral, possuem baixa escolaridade, vários problemas crônicos de saúde e encontram-se em situação de vulnerabilidade social.
Portanto, no Brasil, os estudos chamam atenção para a necessidade de capacitação permanente dos profissionais de ILPI; os problemas de acessibilidade; as dificuldades de atendimento à saúde no SUS, bem como de acesso aos medicamentos; barreiras de interação social com a comunidade e a necessidade de melhorias e execução das políticas públicas brasileiras.
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